Luzes do Espírito

I
São certamente os espíritos
Eminentes justiceiros
Dedicados companheiros
Que a todos só fazem o bem
II
Vivem bem longe no além
Ao mesmo tempo entre nós
Segundo nossos avós
São criaturas supremas
III
Tem a cabloca Jurema
O dom da imparcialidade
Dona fiel da verdade
Padroeira do Universo
IV
Pedimos em prosas e versos
Que elimine os espinhos
A bloquear os caminhos
Dos que estão predestinados
V
Os entes emancipados
Desmoronaram montanhas
Quem não conhecem as façanhas
Do nosso pai Oxalá
VI
Senhor da Terra e do mar
Viverá eternidades
Prá combater as maldades
Dos vivos desse lugar.

Velhas arvores

VELHAS ARVORES
Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas…
O homem, a fera e o inseto, à sombra delas
Vivem, livre de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade
envelheçamos rindo! envelheçamos

Como as árvores fortes envelhecem:
Na gloria da alegria e da bondade,
Agazalhando os pássaros nos ramos
Dando sombra e consolo aos que padecem.

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