SÁBADO SANGRENTO: A ICÔNICA FOTOGRAFIA DE H.S. WONG

Incluída entre as 100 Fotografias que Mudaram o Mundo, a imagem do bebê chinês em meio aos escombros causou muitas controvérsias

Entre a Primeira e a Segunda Guerra, enquanto países da Europa se inflamavam com desejos nacionalistas, a Ásia também fervia. A pequena ilha do Japão ia gradualmente despontando como potência imperial, e as batalhas contra a China culminaram no que ficou conhecido como Guerra Sino-Japonesa.

O confronto mais sangrento dessa guerra foi

a Batalha de Xangai, em 1937. E, durante o bombardeio a uma estação ferroviária, o fotógrafo H. S. Wong registrou uma cena que chamaria atenção mundial para o conflito.

A icônica foto foi tirada em 28 de agosto de 1937, mês de início dos conflitos. Wong, que trabalhava para a Hearst Metrotone News, chegou à Estação Ferroviária do Sul logo após o ataque, relatando posteriormente que seus sapatos “estavam ensopados de sangue”. Foi aí que ele viu um bebê chinês, chorando próximo à sua mãe morta nos trilhos do trem.

Após registrar a cena, Wong correu para ajudá-lo – mas não foi preciso, pois seu pai chegou a tempo e levou a criança embora. A imagem em preto e branco do bebê desamparado foi enviada a Nova York, correndo o mundo entre setembro e outubro. Vista por mais de 130 milhões de pessoas, ela passou a representar a dor da China perante os ataques japoneses, sendo batizada de Sábado Sangrento.

Provavelmente, essa foi a cena mais popular dos noticiários da década de 1930. Sua fama despertou o olhar ocidental para os confrontos na Ásia, moldando a opinião popular contra um adversário bem claro: o poderoso e cruel Império Japonês.

Sentimentos anti-japoneses foram despertados em países como EUA, Reino Unido e França, e uma onda de simpatia veio do Ocidente para a China. Os japoneses nacionalistas passaram a alegar que a imagem era falsa, e que Wong, conhecido por ser contra a invasão do país, havia montado a cena junto ao pai da criança.

Mas, apesar das acusações de falsidade, o sucesso do registro foi tanto que ele acabou sendo incluído entre as 100 Fotografias que Mudaram o Mundo

NASA APRESENTA O VIPER, NOVO ROVER QUE VAI EXPLORAR A SUPERFÍCIE DA LUA.

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Veículo vai coletar amostras do solo e pavimentar o caminho para o programa Artemis, que deve levar astronautas de volta ao satélite em 2024
A Nasa apresentou seu plano de enviar um novo veículo, o Viper, para a superfície lunar. “O VIPER vai percorrer o polo sul da Lua e avaliar onde está a água congelada”, afirmou o administrador da Nasa Jim Bridenstine, durante o Congresso Astronáutico Internacional, em Washington DC, nesta sexta-feira (25).

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A agência espacial norte-americana observa que a Lua possui vastos reservatórios de gelo d’água (H2O), em quantidades que podem chegar a milhões de toneladas. A água teria utilidade fundamental para sustentar uma futura presença humana na superfície lunar. “Gelo é oxigênio para respirar, é água para beber”, explicou Bridenstine, acrescentando que o hidrogênio da água também pode ser usado para desenvolver combustível para os foguetes.

A Nasa planeja aterrissar o Viper ? sigla para Volatiles Investigating Polar Exploration Rover ? na Lua em dezembro de 2022. Quando atingir a superfície lunar, o rover do tamanho de um carrinho de golfe coletará dados por aproximadamente 100 dias, circulando por vários quilômetros. Os instrumentos do VIPER, incluindo uma broca de 1 metro, serão usados para retirar amostras do solo.

Contagem regressiva

O programa Artemis da Nasa quer levar astronautas norte-americanos à Lua até 2024 e estabelecer uma presença humana sustentável no satélite natural da Terra. O plano inicial da missão consiste na aterrissagem de dois astronautas no polo sul da Lua, estes que vão viver e trabalhar fora do módulo lunar por seis dias e meio, segundo a agência. Bridenstine também comentou a possibilidade de duas astronautas do sexo feminino integrarem a missão.

A Nasa lançou recentemente uma ilustração “Mulher na Lua” para a missão Artemis. “Artemis, a irmã gêmea de Apolo e Deusa da Lua e da Caça, abrange todos os nossos esforços atuais para reenviar humanos à Lua ? para nos preparar e nos impulsionar rumo a Marte?, explica a agência espacial em seu site.

Conforme anunciado em julho, a cápsula Orion que levará os astronautas norte-americanos de volta à Lua está pronta. Eles serão transportados para o ‘Gateway’, uma estação espacial que orbita a Lua, onde será feita a transferência de tripulação e suprimentos para o módulo lunar.

Depois que os astronautas da Apollo 11, Neil Armstrong e Buzz Aldrin, pisaram na Lua em 20 de julho de 1969, apenas mais 10 homens, todos norte-americanos, caminharam na superfície lunar

ASTRÔNOMOS DETECTAM FORMAÇÃO DE ESTRÔNCIO NO UNIVERSO PELA PRIMEIRA VEZ


Formação de estrôncios no universo


Estrôncios

ESTE ERA O ÚNICO ELEMENTO QUÍMICO QUE OS CIENTISTAS NÃO SABIAM COMO SE FORMAVA NO UNIVERSO — ATÉ AGORA

Pela primeira vez, astrônomos conseguiram detectar a formação de estrôncio, um metal pesado, no Universo. A detecção confirma algo que os cientistas já suspeitavam: que as substâncias mais massivas ​​do cosmos podem se formar a partir da colisão de duas estrelas de nêutron.

Essa descoberta foi feita quando os especialistas analisaram os dados provenientes da união GW170817, nome dado à colisão que gerou estrôncio, que ocorreu em 2017. Os registros foram feitos pelo espectrógrafo da Organização Europeia de Pesquisa Astronômica (ESO, na sigla em inglês), no Very Large Telescope, situado no Chile, e foi publicada na revista científica Nature.

Desde os anos 1950 os astrônomos conhecem os processos físicos que criam os elementos químicos que conhecemos hoje, mas não tinham certeza de onde, no cosmos, eles se formavam. “Sabíamos que os processos que criaram os elementos ocorreram principalmente em estrelas comuns, em explosões de supernovas ou nas camadas externas de estrelas antigas”, disse Darach Watson, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, em comunicado.

O surgimento dos metais pesados, entretanto, permanecia um mistério – até agora: “Não sabíamos a localização do processo final, conhecido como captura rápida de nêutrons, que criou os elementos mais pesados ​​da tabela periódica”, explicou o especialista.

A captura rápida de nêutrons é um processo no qual um núcleo atômico captura nêutrons com rapidez suficiente para permitir a criação de elementos pesados. Muitos elementos são produzidos nos núcleos das estrelas, mas criar substâncias mais pesadas ​​que o ferro, como o estrôncio, requer ambientes ainda mais quentes, com muitos nêutrons livres.

NA TERRA, O ESTRÔNCIO PODE SER ENCONTRADO NO SOLO E EM MINERAIS. SEU USO MAIS POPULAR É EM ARTIGOS UTILIZADOS PARA PIROTECNIA E EM LIGAS DE METAL (FOTO: WIKIMEDIA COMMONS)
De acordo com os especialistas, essa descoberta demorou para ser feita porque, além de ser fruto de processos ainda pouco conhecidos, levou tempo para os astrônomos compreenderem os dados capturados pelo Very Large Telescope. “Esse é o estágio final de uma busca de décadas para identificar a origem dos elementos”, afirmou Darach Watson.

CIENTISTA CONDENADO POR MINERAR CRIPTOMOEDAS EM USINA NUCLEAR!


Três cientistas nucleares russos foram condenados a penas de prisão ou multas por utilizarem os sistemas de uma usina nuclear do país para minerar criptomoedas. O líder do esquema seria Andrei Rybkin, sentenciado a três anos de reclusão e a pagar uma multa equivalente a US$ 3,1 mil pela utilização ilegal de recursos da unidade entre maio e setembro de 2017.

O caso aconteceu no Centro Federal Nuclear de Sarov, uma das mais antigas centrais nucleares do país, construída ainda nos tempos da União Soviética. As informações, entretanto, são desencontradas quanto ao uso do supercomputador presente no local: enquanto reportagens da época da prisão de Rybkin e seus comparsas, em fevereiro, indicaram que a máquina foi utilizada para esse fim, relatos mais recentes da imprensa local afirmam que o trio utilizou computadores e redes de internet inutilizadas para realizarem a mineração.

Os trabalhos aconteciam sempre no turno da noite para evitar suspeitas. Entretanto, o que os três não contavam era com a presença de um sistema de detecção voltado, justamente, para flagrar a utilização da rede e da infraestrutura da usina nuclear para mineração de criptomoedas. Originalmente, a ideia era que o recursos funcionasse como uma forma de evitar intrusões hackers, mas acabou servindo, também, para indicar a atuação irregular dos três acusados.

Ao longo dos cinco meses de operação do esquema, os três teriam obtido lucros na casa dos US$ 15 mil, que foram divididos entre eles, com Rybkin permanecendo com a maior parte. Essa também não seria a primeira vez que o trio é acusado de usar sistemas da usina nuclear para minerar criptomoedas, apesar de o indiciamento e posterior sentença serem inéditos não apenas para eles, mas também para o sistema jurídico russo.

Um caso semelhante, entretanto, ocorreu em setembro de 2019 na Ucrânia, quando funcionários instalaram duas mineradoras de Bitcoins na rede interna de uma usina nuclear em Yuzhnoukrainsk, na região sul do país. Na ocasião, ninguém foi preso, mas o governo disse que indiciaria os responsáveis não apenas pelo ato em si, como também por crimes relacionados à segurança da instalação, já que os dispositivos poderiam abrir portas para invasões de hackers.

CIENTISTAS AVANÇAM NA CONSTRUÇÃO DO “SANTO GRAAL” DA ENERGIA ILIMITADA

Vários projetos energéticos ambiciosos mostram que os cientistas estão a progredir na construção de um reator de fusão nuclear eficiente, feito que poderia fornecer ao planeta uma fonte de energia limpa praticamente inesgotável.

O maior destes projetos é o Reator Experimental Internacional de Tokamak (ITER), um enorme projeto que está a ser desenvolvido em França desde 2010, contando com o financiamento de mais de trinta países, entre os quais estão os Estados Unidos, a Rússia, a China, o Japão, a Coreia do Sul e a Índia, elenca a Russia Today.

O reator de plasma projetado para o ITER é a máquina mais complexa já projetada: pesa 23.000 toneladas e ficará num prédio com 60 metros de altura.

A construção do ITER está a avançar. De acordo com o Power Technology, um consórcio internacional assinou um contrato para construir o tokamak ITER, uma câmara de pressão em aço inoxidável semelhante à forma de um anel onde se gerará a energia.

No interior do tokamak, os cientistas pretendem aproveitar a energia libertada durante a criação de átomos pesados a partir de outros mais leves, processo conhecido como fusão nuclear, o “Santo Graal” da energia ilimitada.

A reação ocorre a cerca de 150 milhões de graus Celsius, temperatura que supera os valores mais altos registados no núcleo solar. É uma temperatura tão alta que não se conhecesse nenhum material na Terra que a conseguisse suportar.

Por tudo isto, a fusão nuclear requer métodos e tecnologias de ponta, uma vez que é necessário gerar campos magnéticos fortes o suficiente para conter o plasma – um dos estados físicos da matéria, semelhante ao gás – onde se realiza a reação sem tocar em nenhum componente do reator.

Este processo, que tenta replicar a forma como o Sol produz energia, revelou-se uma tarefa extremamente cara e complicada: os cientistas não conseguiram ainda fazer com que os reatores nucleares produzam mais energia térmica do que a que consomem.

Contudo, o ITER poderá ser a chave para superar essa barreira, uma vez que a sua produção térmica estimada está fixada nos 500 megawatts (MW) e o seu consumo ronda os 300 MW. No entanto, importa ainda frisar, o uso imediato do ITER não está destinado à produção de energia elétrica.

O financiamento desta mega-projeto que conta com apoios de várias nações, cuja conclusão está prevista para 2025, ultrapassa os 20 mil milhões de euros, precisa o portal Interesting Engineering.

A revista Forbes dava também conta em meados em abril que passado que os cientistas estão mais perto de alcançar a fusão nuclear, destacando os reforços da China, que planeia finalizar antes do fim deste ano o desenvolvimento de um sol artificial que tem como objetivo gerar energia renovável e quase infinita.

COMPUTADOR QUÂNTICO

Google anunciou na quarta-feira (23/10) que um computador quântico desenvolvido pela companhia foi o primeiro a alcançar um feito chamado “supremacia quântica”, ao superar o desempenho de supercomputadores clássicos.

De acordo com a gigante da tecnologia, seu processador quântico, chamado Sycamore, foi capaz de executar em 200 segundos uma tarefa específica que os melhores supercomputadores do mundo levariam 10 mil anos para concluir.

A IBM, que também vem desenvolvendo computadores quânticos, questionou, no entanto, alguns dados apresentados pelo Google.

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Mas o fato é que físicos, engenheiros e cientistas da computação em todo o mundo vêm investindo há décadas nessa tecnologia, uma vez que os computadores quânticos prometem ser muito mais velozes.

Nos computadores clássicos, a unidade de informação é chamada “bit” e pode ter um valor de 1 ou 0. Mas seu equivalente em um sistema quântico, o qubit (bit quântico), pode assumir o valor de 1 e 0 ao mesmo tempo.

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Isso abre caminho para que vários cálculos sejam realizados simultaneamente.

A expectativa é de que os computadores quânticos possam ajudar no futuro, por exemplo, a acelerar a cura de doenças, a descoberta de novos medicamentos e a desvendar os mais seguros sistemas criptografados.

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Google e concorrentes trabalham há anos no desenvolvimento de um computador quântico
Os cientistas têm tido dificuldade, no entanto, para desenvolver dispositivos eficientes com qubits suficientes para serem capazes de competir com os computadores convencionais.

O Sycamore tem 54 qubits, mas como um deles não funcionou, o dispositivo usou 53.

Questão de tempo
Segundo artigo publicado pela revista científica Nature, John Martinis, do Google, e seus colegas apresentaram ao processador um problema em que ele teve de verificar padrões em um conjunto de números distribuídos aleatoriamente.

O Sycamore conseguiu concluir a tarefa em 3 minutos e 20 segundos. Em contrapartida, os pesquisadores afirmam que o Summit, o supercomputador mais poderoso do mundo, levaria 10 mil anos para resolver a questão.

A IBM diz que a operação pode ser realizada em 2,5 dias por computadores convencionais
A IBM colocou em xeque, no entanto, esses dados.

“Argumentamos que uma simulação ideal da mesma tarefa poderia ser realizada em um sistema clássico em 2,5 dias e com uma fidelidade muito maior”, escreveram Edwin Pednault, John Gunnels e Jay Gambetta, pesquisadores da IBM, no blog da companhia.

“Essa é, na verdade, uma estimativa conservadora para o cenário mais pessimista, e esperamos que, com melhorias adicionais, o custo base da simulação possa ser reduzido ainda mais.”

A empresa também questionou a definição de “supremacia quântica” apresentada pelo Google, sugerindo que pode gerar confusão.

“Primeiro porque, em sua definição mais estrita, o objetivo não foi atingido. Mas, sobretudo, porque os computadores quânticos nunca vão reinar ‘supremos’ sobre os computadores clássicos, eles vão trabalhar juntos, já que cada um tem seus pontos fortes únicos”, concluíram.

Jonathan Oppenheim, professor da University College London (UCL), no Reino Unido, avalia, por sua vez, que ainda estamos muito longe de um computador quântico real.

“É um dispositivo impressionante e, sem dúvida, um marco impressionante. Ainda estamos a décadas de um computador quântico real capaz de resolver problemas em que estamos interessados”, afirmou Oppenheim, que não participou da pesquisa.

“É um teste interessante, mostra que eles têm bastante controle sobre o dispositivo e baixas taxas de erro. Mas não chega nem perto do tipo de precisão que precisaríamos para ter um computador quântico em escala real.”

BASE MILITAR RUSSIA NA ÁFRICA


A República Centro-Africana estuda a possibilidade de abrigar base militar da Rússia em seu território, declarou à Sputnik o presidente do país, Faustin-Archange Touadéra.

A possibilidade de instalar uma base militar estaria em consonância com acordo de cooperação militar assinado no ano passado.

“Nós seguimos trabalhando nessa questão com o nosso Ministério da Defesa e o Ministério da Defesa da Rússia para estudar as possibilidades”, disse o presidente.
A Ministra da Defesa da República Centro-Africana, Marie-Noelle Koyara, havia feito declaração neste sentido em Janeiro de 2019.

Equipe da Sputnik entrevista presidente da República Centro-Africana, Faustin-Archange Touadéra, durante o Fórum Rússia-África, em 24 de outubro de 2019
© SPUTNIK/ EKATERINA LYZLOVA
Equipe da Sputnik entrevista presidente da República Centro-Africana, Faustin-Archange Touadéra, durante o Fórum Rússia-África, em 24 de outubro de 2019
De acordo com ela a possibilidade da base ser instalada é vislumbrada no acordo intergovernamental sobre cooperação militar, assinado entre os dois países em agosto de 2018.

Conflito na República Centro-Africana
Em 2013, a capital Bangui foi assolada por conflitos entre o exército e milicianos cristãos. O conflito se expandiu para uma guerra civil, que gerou milhares de refugiados.

No início deste ano, o presidente Touadéra assinou acordo de paz com os grupos armados de oposição, colocando um fim no conflito que já durava seis anos.

O acordo prevê a realização de eleições, a livre associação partidária e formação de movimentos políticos, assim como a viabilização do retorno de refugiados.

Apesar de possuir significativas riquezas minerais, como urânio, petróleo, ouro, diamante, cobre, entre outros, o país africano está entre os trinta países mais pobres do mundo, de acordo com o Banco Mundial.

FATOR-CHAVE QUE IMPEDE OS ESTADOS UNIDOS DE ATACAR A RÚSSIA

Mídia chinesa indica fator-chave que impede EUA de atacarem Rússia

Os EUA não possuem planos para atacar a Rússia por causa das forças nucleares estratégicas de Moscou, de acordo com a mídia chinesa.

“No mundo de hoje, se um país possui forças nucleares estratégicas, é considerado uma hegemonia e, portanto, também é chamado de ‘segredo da paz'”, escreve a edição Sohu.

O autor do artigo relata que, apesar do colapso da União Soviética e da grande redução do orçamento de defesa, Washington ainda teme Moscou.
Segundo ele, as forças nucleares estratégicas da Rússia ainda estão em alerta máximo, o que “faz com que os americanos mantenham sua pólvora seca”.

Em 1991, a Rússia ficou com 70% das forças nucleares estratégicas da antiga União Soviética, pelo que sempre teve meios terrestres, marítimos e aéreos para ataques estratégicos, recorda a publicação.

Tríade nuclear da Rússia
“A Rússia é o único país do mundo, exceto os EUA, que possuem tais capacidades”, diz o artigo, adicionando que o papel principal na “tríade nuclear” russa é desempenhado pelos mísseis terrestres, que estão em alerta constante desde a Guerra Fria.

O artigo destaca que a decisão de Washington de se retirar do acordo de desarmamento nuclear, incluindo o tratado mais importante sobre a eliminação de mísseis de médio e curto alcance, colocou forte pressão estratégica sobre a Rússia.

No entanto, com o exercício militar russo Grom 2019, realizado de 15 a 17 de outubro, Moscou deixou claro ao mundo que a sua segurança será garantida por forças nucleares estratégicas nos próximos anos. A manobra, de natureza puramente defensiva, envolveu cerca de 12.000 militares, além de 213 lançadores de mísseis estratégicos, 105 aeronaves, incluindo cinco porta-mísseis estratégicos, até 15 navios de superfície, cinco submarinos e 310 unidades militares e equipamentos especiais.

“O Exército russo pode melhorar os seus pontos fortes, principalmente as suas forças nucleares estratégicas, e assegurar a fiabilidade de um ataque de retaliação. Assim, nas próximas décadas, os EUA não ousarão sequer olhar para a Rússia”, conclui..

NASA


Pequena sonda da NASA será capaz de sobreviver na superfície de Vênus
Por Daniele Cavalcante | 24 de Outubro de 2019 às 15h00

Não é segredo que a NASA pretende enviar uma missão tripulada para sobrevoar o planeta Vênus, o vizinho mais próximo da Terra. Apesar dessa proximidade, o interesse em pisar no solo venusiano não é tão grande quanto o de pousar em Marte, já que Vênus é quase uma amostra grátis do que seria o inferno — a temperatura por lá fica por volta dos 460 °C. Mesmo assim, uma equipe de pesquisadores da NASA está focada em saber mais sobre o planeta, mesmo que através de pequenas sondas.

Desde a sonda soviética Venera 4 enviada a Vênus em 1967, sabemos que o ambiente é absolutamente hostil. Ela foi a primeira do programa Venera a conseguir entrar com sucesso na atmosfera venusiana e enviar sinais de volta à Terra. Apesar do recorde de resistência, ela foi destruída pelas severas condições do planeta enquanto descia de pára-quedas. Foi somente com a Venera 7, em 1970, que uma nave conseguiu pousar com sucesso no solo de Vênus, transmitindo dados para a Terra por um total de 53 minutos (20 deles quando já estava na superfície), até também ser destruída.

Mas a NASA está projetando uma sonda para durar até 60 dias na superfície de Vênus. Batizada de Long-Lived In-situ Solar System Explorer (ou LLISSE), cada um dos de seus componentes é especialmente projetado para suportar a alta temperatura, alta pressão e atmosfera reativa do planeta vizinho.

Alguns cientistas acreditam que Vênus já foi um paraíso rico em água, provavelmente com formas de vida, semelhante à Terra, até que uma catástrofe climática transformou o planeta paradisíaco em um inferno. Mas é difícil saber o que realmente aconteceu no passado do planeta sem enviar missões até lá.

Conceito da sonda LLISSE, um pequeno cubo equipado para sobreviver e explorar as condições de Vênus (Imagem: NASA)
Para estudar Vênus, a NASA planeta uma abordagem diferente do que tem feito em Marte. No Planeta Vermelho, a agência espacial envia veículos robóticos do tamanho de carros, mas a LLISSE será pequena — um cubo com menos de 10 polegadas, mas repleto de instrumentos para observar tudo ao redor, desde a atmosfera venusiana até sua geologia.

Infelizmente, o tamanho da LLISSE impede que ela carregue alguns instrumentos comuns em outras sondas espaciais, como câmeras. “Se houver uma maneira de colocar uma câmera na LLISSE, aposte que nós tentaremos, mas ela é um pouco pequena para isso”, diz Tibor Kremic, chefe do projeto. Ou seja, não será dessa vez que teremos novas imagens de Vênus como temos tido de Marte.

Kremic e sua equipe estão testando metodicamente cada um dos componentes da LLISSE por até dois meses dentro de uma câmara que simula as condições de Vênus. Eles querem que a sonda dure tempo o suficiente para observar a transição entre noite e dia — o que não é pouco tempo, porque em um dia venusiano dura quase quatro meses terrestres. A sonda deve ser construída e totalmente testada até 2023, mas ainda não é certo que a NASA decidirá avançar com o projeto. Mas, se depender dos cientistas planetários, eles já deixaram claro que enviar uma sonda para Vênus está no topo de sua lista de prioridades.