Medina é um “vilarejo” de ricos que oferece uma qualidade de vida “insuperável”, de acordo com as autoridades da região.
Ainda assim, a prefeitura da cidade está a ponto de naufragar financeiramente.
No momento, os cofres projetam um déficit de US$ 500 mil para o próximo ano, que pode chegar aos US$ 3,3 milhões em cinco anos, caso a situação não mude.
Baixa arrecadação
BBC: A CASA DE BILL GATES TEM UM CAIS NO LAGO WASHINGTON E ESTÁ RODEADA DE ÁRVORES QUE MANTÊM A PRIVACIDADE DE SEUS MORADORES (FOTO: GETTY IMAGES/BBC)
O problema é que, ainda que os habitantes de Medina sejam ricos e suas propriedades caras, os impostos que recaem
As taxas só podem aumentar 1% ao ano e isso não é suficiente para arcar com os gastos necessários — como polícia, bombeiros, assistência médica, parques e áreas naturais.
“A receita tributária total das propriedades da cidade em 2019 será de US$ 2,8 milhões e um aumento de 1% só geraria US$ 28 mil adicionais em 2020. Essa cifra não cobre o custo crescente dos serviços”, detalha um documento enviado a todos os moradores de Medina.
O imposto predial é uma das principais fontes de arrecadação para uma prefeitura. Por isso, é tão importante.
“Pode ser difícil imaginar que uma cidade não tenha renda suficiente para manter os níveis de serviço atuais, particularmente nessa economia. Isso se deve ao valor das propriedades, que continua aumentando, enquanto a arrecadação não sobe no mesmo nível”, dizem as autoridades.
Neste mês de novembro, Medina organizou uma votação pública entre seus vizinhos para decidir se subirá a arrecadação ou se cortará parte dos serviços.
O aumento médio na mensalidade para cada residência seria de US$ 50 dólares, de acordo com os cálculos da prefeitura.
Uma cifra pagável, pensando na renda per capita de seus habitantes, mas é preciso definir se aceitarão pagar esse aumento voluntariamente, em um lugar com longa tradição de impostos baixos.