ENTRA EM VIGOR NA RÚSSIA LEI DE “INTERNET SOBERANA”

Para críticos, rede centralizada e controlada internamente significa mais vigilância estatal. Segundo Putin, mais provável do que Rússia se isolar digitalmente, é perigo de Ocidente cortar acesso russo à WWW.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, quer se proteger contra ciberataques desenvolvendo uma arquitetura própria de rede digital. Em nome da segurança cibernética, a lei que entra em vigor nesta sexta-feira (01/11) prevê que todo o tráfego de internet russo passe a ser conduzido a nós dentro do país.

Desse modo, se asseguraria que a internet russa siga funcionando, mesmo que as operadoras domésticas não consigam se conectar com servidores estrangeiros. Além disso, as operadoras nacionais devem poder exercer controle central sobre o tráfego dentro de suas redes, estando assim supostamente aptas a identificar e combater potenciais ameaças.

Responsáveis pelo controle seriam, em primeira linha, o Serviço Federal de Supervisão de Comunicações, Tecnologia Informática e Mídia de Massa (Roskomnadsor) e a agência de segurança interna FSB. Para a implementação da nova norma, os provedores terão que adquirir novos equipamentos. Os custos são enormes, e muitas questões técnicas ainda estão em aberto.

Até então, as operadoras de internet russas podiam funcionar sob as condições do livre mercado, explica o especialista Alexander Isavnin, da organização independente Roskomswoboda (Pela liberdade na rede). Agora, o Estado passa a exercer influência direta.

Protestos contra “Putin Net” em Moscou, março de 2019
A lei, assinada por Putin em maio, prevê ainda um abrangente armazenamento de dados. Críticos veem aí um pretexto para ampliar o controle político. A ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) aponta violação de direitos humanos como liberdade de opinião e livre acesso à informação.

Em meados do ano, milhares de cidadãos protestaram contra a nova lei. Desde já, são bloqueados na Rússia numerosos websites, por exemplo, da oposição. Ativistas temem que no futuro seu país fique digitalmente isolado e que se intensifique a vigilância pelos serviços secretos.

A liderança russa rechaça as ressalvas dos críticos. Segundo o porta-voz do Kremlin Dmitri Peskov, não há planos de desacoplar o país da World Wide Web: bem mais palpável seria o perigo de o Ocidente cortar o acesso da Rússia à rede. Por isso, o país necessitaria uma infraestrutura digital independente para uma internet autônoma. Putin defende a “internet soberana” como essencial à segurança nacional.

POUSO EM PORTA-AVIÕES: PILOTOS RUSSOS REVELAM COMO FAZEM UMA DAS MANOBRAS MAIS COMPLICADAS

Pilotos russos falam de suas experiências e precisão necessária para pousar aeronaves em porta-aviões.

Motores no máximo, impacto no convés, rolagem curta e frenagem brusca com o cabo de retenção… Em 1º de novembro de 1989, pela primeira vez na história da Marinha russa, o piloto de testes Viktor Pugachev pousou um caça Su-27K no cruzador porta-aviões Admiral Kuznetsov. O pouso no navio é considerado um dos elementos mais difíceis do treinamento de voo.

Ao primeiro toque
De acordo com as memórias do Herói da União Soviética Viktor Pugachev, o navio saiu para o mar no dia 1º de outubro de 1989 e prosseguiu imediatamente para a área da baía de Eupatória.

Caça embarcado Su-33 da Força Aeroespacial russa pousa no convés do porta-aviões Admiral Kuznetsov ao largo da costa da Síria
© SPUTNIK / MINISTÉRIO DA DEFESA DA RÚSSIA
Caça embarcado Su-33 da Força Aeroespacial russa pousa no convés do porta-aviões Admiral Kuznetsov ao largo da costa da Síria
“Começaram os testes conjuntos do navio e dos aviões”, diz Pugachev. “Em novembro houve condições para o primeiro pouso e nós recebemos todas as autorizações pertinentes. Antes disso treinávamos voos arremetendo. Tocávamos no convés sem soltar o gancho e fazíamos mais uma volta. Já no ar, veio a ordem para fazer o pouso completo. Tudo o que eu tinha que fazer era soltar o gancho e pousar com frenagem, o que foi feito com sucesso.”

A principal dificuldade ao pousar em um porta-aviões é que, ao contrário de um aeródromo clássico, o piloto só tem um comprimento mínimo de pista para frenar até à parada total. Não há margem para erro.

Caça Su-27K no convés do porta-aviões Admiral Kuznetsov da Frota do Norte da Rússia
© SPUTNIK / OLEG LASTOCHKIN
Caça Su-27K no convés do porta-aviões Admiral Kuznetsov da Frota do Norte da Rússia
“O comprimento padrão de uma pista é de pelo menos dois quilômetros”, explica Anatoly Kvochur, piloto de testes que participou do desenvolvimento do sistema de decolagem e pouso no porta-aviões do Admiral Kuznetsov. “Em um porta-aviões a pista é de cerca de setenta metros, por isso é necessária a maior precisão. Pousar em um navio e decolar dele é uma tarefa muito difícil, tanto para o piloto como para o material.”
O piloto tem de ter precisão minuciosa. A aeronave deve ser pousada sobre uma pista curta com apenas cerca de quarenta metros de comprimento. A aproximação é feita sob um certo ângulo de inclinação de apenas três ou quatro graus. O toque deve ter lugar a não mais que dois metros do eixo central do convés de voo. Normalmente o porta-aviões está em movimento, pelo que a trajetória de descida tem de ser constantemente ajustada.

Segundo cabo
No porta-aviões há dispositivos especiais como cabos de desaceleração para a parada rápida de um aparelho de 20 toneladas. São cabos de aço fortes e flexíveis estirados transversalmente no convés. Há quatro deles no Kuznetsov. A tarefa do piloto durante o pouso é pegar o cabo com o gancho de frenagem (um gancho na parte traseira da aeronave que é largado manualmente). Depois o sistema automático estica o cabo.

“A avaliação do exercício é considerada ‘excelente’ quando o piloto pega o segundo cabo”, especifica Kvochur. “O avião desce sem alinhamento, como em um aeródromo normal, ou seja, você toca no convés à mesma velocidade vertical.”
Os pilotos navais russos aprenderam a pousar com confiança no Kuznetsov, tanto com mau tempo, de noite ou em condições meteorológicas difíceis. “O sistema televisivo Luna ajuda a fazer pontaria com suas objetivas montadas no convés de voo.

Aviões Su-33 a bordo do cruzador porta-aviões pesado Admiral Kuznetsov durante a passagem do grupo aeronaval da Frota do Norte da Rússia pelo canal da Mancha
© SPUTNIK/ DOVER MARINA
Aviões Su-33 a bordo do cruzador porta-aviões pesado Admiral Kuznetsov durante a passagem do grupo aeronaval da Frota do Norte da Rússia pelo canal da Mancha
Nem todos podem se tornar pilotos de aviões embarcados. Os candidatos estão sujeitos a requisitos especiais, tanto físicos como psicológicos. No momento de toque e acionamento dos cabos de desaceleração há uma sobrecarga nas partes torácica e cervical da coluna vertebral. Além disso, a frenagem brusca também pode causar descolamento da retina, uma das doenças profissionais dos pilotos de porta-aviões em todo o mundo.

O piloto deve ser capaz de manter uma serenidade absoluta e tomar imediatamente a decisão adequada em situação de emergência. Por exemplo, para proteger a aeronave em caso de quebra do cabo, o piloto pousa no convés “a todo o gás”, para que o piloto possa manter a velocidade e arremeter para segunda volta, mesmo depois do toque no convés.

© SPUTNIK / MINISTÉRIO DA DEFESA DA RÚSSIA
Caça embarcado Su-33 da Federação da Rússia pousa no convés do porta-aviões Admiral Kuznetsov ao largo da costa da Síria
“Se um cabo rebentar, o avião não vai parar sozinho,” revela Kvochur. “Para tais casos há uma instrução clara: tocar na pista, aumentar o empuxo dos motores e ir para a segunda volta. Pior ainda se o cabo se partir depois de a velocidade se ter reduzido. O avião não poderá decolar e cai na água.”
Em dezembro de 2016, no porta-aviões Admiral Kuznetsov o cabo se quebrou e um caça caiu perto da costa síria. O piloto conseguiu se ejetar.

Um porta-aviões ‘terrestre’ e asas dobráveis
De acordo com Pugachev, antes de tocar o convés de um navio pela primeira vez, ele esteve treinando durante anos em um complexo de treinamento terrestre. A técnica de decolagem e aterrissagem era praticada até se tornar automática.

Na era soviética, os pilotos de convés eram treinados no Complexo Terrussaestre de Treinamento e Testes de Aviação (NITKA) na Crimeia. O simulador imita o convés de um porta-aviões e é formado por uma pista de aço equipada com trampolim e cabos de desaceleração.
Por sua forma e tamanho a pista é semelhante à do Admiral Kuznetsov e tem um trampolim de proa para decolagem. Após o colapso da URSS, a Rússia primeiro alugou esse centro de treinamento único à Ucrânia, mas depois construiu um complexo de treinamento no aeródromo naval de Yeisk, região de Krasnodar.

Complexo terrestre de treinamento da aviação embarcada Nitka, na Crimeia
© SPUTNIK / SERGEI MALGAVKO
Complexo terrestre de treinamento da aviação embarcada Nitka, na Crimeia
A aviação embarcada da Marinha da Rússia está equipada com caças pesados Su-33, aviões de assalto Su-25UTG e caças MiG-29KR. Uma das características distintivas das aeronaves da aviação embarcada são as asas dobráveis, que facilitam o seu estacionamento em porta-aviões.

O Su-33 tem uma maior área de asa e tem canards frontais adicionais, em comparação com o seu análogo terrestre Su-27. Os Sukhoi embarcados estão também equipados com chassi reforçado, resistente a impactos durante o pouso, com sistema de reabastecimento de combustível em voo e equipamento especial de navegação.

NASA DIVULGA DETALHES DE FUTURAS MISSÕES NA SUPERFÍCIE DA LUA

Agência quer missões de longa duração, com equipes de 2 a 4 astronautas, e espera começar a preparação para uma base permanente antes de 2030
A Nasa divulgou alguns detalhes de como serão as missões na superfície da Lua durante o programa Artemis, que busca levar o homem, e ao menos uma mulher, de volta ao nosso satélite já em 2024. Ao contrário do programa Apollo, cujo objetivo primário era político, desta vez ?teremos um programa científico bem robusto desde o começo?, disse John Connoly, cientista da Nasa.

A primeira missão, com dois astronautas, ficará na superfície lunar por 6 dias e meio, o dobro do tempo da mais longa missão Apollo. Os astronautas farão ao menos 4 caminhadas, onde irão realizar uma série de observações científicas e coletar amostras de gelo lunar.

Várias regiões a distâncias de 5 a 15 Km do local de pouso estão permanentemente à sombra, onde pode haver gelo na superfície. Estes locais seriam alcançados com o uso de um veículo (rover) não pressurizado (como os ?Moon Buggy? usados nas missões Apollo 15, 16 e 17), que seria levado à Lua em uma missão anterior.

A Nasa espera realizar um segundo pouso do programa Artemis em 2025, seguido da entrega de um novo rover pressurizado em 2026, que possibilitaria aos astronautas percorrer distâncias muito maiores. Ao final da década, a agência espera estar realizando missões com 14 dias de duração e 4 astronautas, e começar a montagem de instalações para produção de água e oxigênio, essenciais para o estabelecimento de uma base permanente.

Um dos pontos chave no projeto do veículo de pouso (lander) é a capacidade de retorno de amostras lunares. Durante o programa Apollo a Nasa trouxe para a Terra um total de 382 Kg de rochas em cinco missões tripuladas.

O objetivo no programa Artemis é ter a capacidade de trazer ao menos 35 Kg de rochas por missão, com uma carga ideal de 100 Kg. O estudo das rochas na superfície lunar nos permite ter uma melhor idéia de como a lua, e a Terra, se formaram bilhões de anos atrás.

ESPECIALISTA EXPÕE ‘SURPRESA’ DESAGRADÁVEL QUE PIONGYANG PODE PREPARAR PARA WASHINGTON

Uma das opções de surpresas desagradáveis, que a Coreia do Norte pode estar preparando para os EUA neste momento, é o desenvolvimento do programa de mísseis balísticos para submarinos, comenta especialista.

“[Os norte-coreanos] têm um programa de trabalho semicongelado sobre mísseis balísticos para submarinos”, disse Ilia Dyachkov, professor associado de Estudos Orientais do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou.

“Eles têm suas próprias dificuldades significativas, sendo a principal delas o fato de, mesmo que sejam desenvolvidos mísseis balísticos lançados de submarinos [SLBM] perfeitos, eles não têm submarinos nucleares, eles só têm navios movidos a diesel, ruidosos, e é difícil usá-los em modernas operações de combate reais”, complementou.
O especialista também mencionou outras áreas de trabalho possíveis.

“Que coisas desagradáveis podemos esperar? Trata-se da continuação das pesquisas nucleares, do início de um novo ciclo de trabalho. Também uma continuação real do trabalho sobre mísseis de longo alcance”, disse Dyachkov.

Arsenal poderoso
A Coreia do Norte também pode oferecer aos Estados Unidos surpresas fora do campo militar, segundo o analista.

“Além disso, os norte-coreanos são geralmente criativos, e as surpresas podem não ser necessariamente entendidas como preparativos militares ou novos testes. Talvez encontrem outra forma de lutar pelos seus interesses”, destacou.

Anteriormente, o embaixador russo em Pyongyang, Aleksandr Matsegora, disse em uma entrevista que, além do lançamento de mísseis, a Coreia do Norte tem bastantes mais “surpresas” em seu arsenal que poderiam incomodar os EUA e outros países.
O programa nuclear norte-coreano tem sido uma fonte de preocupação para a comunidade internacional há muitos anos e seu desenvolvimento desencadeou a imposição de sanções contra Pyongyang pelo Conselho de Segurança da ONU.

GUERRA FRIA PODE FICAR QUENTE; ESPECIALISTA ANALISA NOVAS ESTRATÉGIAS DOS EUA PARA CONTER RÚSSIA

EUA estão desenvolvendo estratégias para atacar a península da Crimeia e o Extremo Oriente russo, escreve mídia americana.

Em entrevista ao serviço russo da Radio Sputnik, o analista político-militar da Associação de Cientistas Políticos e Militares Oleg Glazunov comentou sobre o que pode estar relacionado com o desenvolvimento de tais projetos.

“Tendo em conta que ultimamente as nossas relações com os EUA e seus aliados da OTAN se agravaram, da parte deles se pode esperar de tudo, a guerra fria pode ficar quente. Washington e a OTAN realizam exercícios militares no mar Negro, perto das fronteiras russas, e o número de tais exercícios aumentou significativamente, isto é uma tendência muito má”, disse o analista militar.
O governo dos EUA está desenvolvendo novas estratégias de contenção da Rússia e da China, uma delas prevê um ataque à Crimeia e a outra uma agressão contra o Extremo Oriente russo, de acordo com a edição Foreign Policy.

“Se um país tem uma postura amigável em relação a outro, nesse caso ele não realiza esse tipo de eventos e não desenvolve planos de ataque. Estes planos agravam mais ainda a situação, que já é muito complicada no mundo de hoje”, concluiu Glazunov.
Segundo o artigo americano, Washington está querendo se preparar para um “período de rivalidade entre superpotências”. Neste contexto, alguns políticos influentes no governo estão promovendo “uma estratégia de escalada horizontal e inflição de gastos”.

De acordo com esta teoria, a ameaça de eliminação e captura de forças posicionadas a grande distância pode fazer com que o inimigo se abstenha de seus objetivos iniciais, desistindo de uma invasão, diz o artigo na edição americana. Especificamente, se a Rússia ocupar os Países Bálticos, os Estados Unidos poderão atacar tropas russas na Crimeia ou na Síria.

De acordo com os autores do artigo, esta concepção tem poucas probabilidades de ser bem-sucedida. Segundo eles, se tal plano for aplicado, isso poderia causar consequências catastróficas, tendo em conta que a Rússia e a China têm muitas possibilidades de resposta, entre as quais o uso de armas nucleares.

NASA USARÁ CAPACETE DE DARTH VADER PARA BUSCAR AMOSTRAS DE MARTE

Primeira parte da missão será lançada em 2020, e as primeiras amostras do solo e atmosfera marcianos podem chegar à Terra em 2031
Os cientistas que estudam Marte querem pedaços do planeta vermelho aqui na Terra há décadas e finalmente estão conseguindo projetar uma missão para adquirir estes “souvenirs”.

O legado do programa Apollo, que trouxe rochas lunares cuidadosamente coletadas de volta à Terra, reformulou a ciência e nosso entendimento sobre as origens e relação entre nosso planeta e a Lua. Uma missão de retorno de amostras de Marte poderia oferecer o mesmo tipo de potencial, mas o planeta vermelho é um alvo mais assustador do que a Lua.

“É o consenso da comunidade científica hoje”, disse Muirhead, “que, se quisermos responder às perguntas mais difíceis sobre Marte – como, por exemplo, se houve vida lá – precisaremos trazer material de Marte aos nossos laboratórios terrestres ”, disse Brian Muirhead, que lidera o esforço para desenvolver uma missão de retorno de amostras de Marte no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, na Califórnia.

Organizar uma missão para trazer as amostras de volta é um desafio que a NASA pretende enfrentar em parceria com a Agência Espacial Européia. A solução é uma série de veículos espaciais, como o rover Mars 2020 da NASA para selecionar amostras, um “veículo de busca” para coletá-las, um foguete para lançá-las para fora do Planeta Vermelho e uma cápsula para trazê-las de volta à Terra.

A missão Mars 2020 partirá no próximo verão e seguirá em direção à cratera Jezero para um pouso em fevereiro de 2021. Ele conduzirá investigações e coletará rochas interessantes para que sua sucessora leve para casa. Essa missão pode ser lançada em 2026, disse Muirhead. Assim que a espaçonave pousar, ela irá lançar o veículo de busca, pequeno e ágil, que irá coletar os recipientes com amostras preparados pelo Mars 2020.

O próximo item na lista de tarefas é empacotar as amostras para a longa jornada para a Terra. Os cientistas estão projetando uma cápsula de retorno que pode transportar com segurança até 30 amostras de rochas e duas amostras de ar. “Tudo isso se encaixa no ‘capacete de Darth Vader’”, disse Muirhead, referindo-se à forma do contêiner, que será embalado em uma cápsula para a longa viagem. O recipiente com as amostras será selado e esterilizado para garantir que nenhum material marciano solto contamine o ambiente na Terra.

Embora muitas naves espaciais tenham viajado para o Planeta Vermelho, nenhuma jamais retornou. “A viagem de ida é bastante tradicional”, disse Muirhead. “É a viagem de volta que é particularmente desafiadora”. O veículo dependerá de propulsão elétrica para chegar à Terra, onde ejetará o conjunto de amostras em 2031.

A equipe não quer usar pára-quedas, que Muirhead chamou de “notoriamente complicados”. Em vez disso, a cápsula percorrerá seu próprio caminho através da atmosfera da Terra. Isso significa que o veículo precisará desacelerar com cuidado o suficiente para não se esborrachar na superfície, mas não desacelerar tanto a ponto de queimar com o atrito atmosférico.

Apesar da aparente complexidade do plano, Muirhead enfatizou que uma missão de retorno tem como principal objetivo descobrir os segredos científicos contidos nas amostras. “A missão é trazer amostras de volta”, disse ele. “Do ponto de vista da arquitetura e da integridade das amostras científicas, não acho que exista uma solução muito mais simples do que a que estamos considerando”.

RÚSSIA INSTALA NOVÍSSIMOS RADARES NOS MARES BÁLTICOS E CÁSPIO E NO EXTREMO ORIENTE

Estações de radar Podsolnukh, capazes de localizar navios de superfície e objetos voadores além do horizonte, foram instaladas nas regiões dos mares Báltico, Cáspio, assim como no Extremo Oriente russo.

Embora suas caraterísticas ainda sejam mantidas em segredo, sabe-se que o radar tem um alcance entre 200 e 400 quilômetros e que pode detectar tanto aeronaves como embarcações de superfície.

De acordo com o diretor-geral do Instituto de Pesquisas de Comunicação a Rádio (NPK NIIDAR) Kirill Makarov, unidades do poderoso radar, capaz de “ver” além do horizonte, foram instaladas nas regiões dos mares Báltico, Cáspio e no Extremo Oriente.

Ao detectar os objetos aéreos e navais, o Podolnukh-E fornece a informação necessária a uma central de comando para que sejam tomadas medidas e garantida a segurança das zonas econômicas marítimas e costeiras.

Radar Konteiner
Além do Podsolnukh, de acordo com Makarov, está planejada a instalação, no território da Rússia, de pelo menos quatro estações de radar de nova geração Konteiner.

O equipamento é capaz de detectar mísseis hipersônicos , assim como qualquer tipo de objeto aerodinâmico.

“O novo radar Konteiner foi projetado para rastrear todos os tipos de objetos aerodinâmicos. Isso engloba aviões de guerra, incluindo os estratégicos, mísseis balísticos, objetos voadores hipersônicos, etc. O radar usa o fenômeno da reflexão na ionosfera das ondas de rádio na faixa de decâmetro”, disse Makarov.
De acordo com o especialista, as quatro estações do Konteiner serão instaladas no oeste, leste, noroeste e sul do país, estando uma delas já a ser testada na república de Mordóvia.

O equipamento deverá cobrir a chamada zona morta, região não alcançada pelos radares no interior do país.

“Ela [zona morta] tem 900 km de extensão. Por isso, foi decidida a implantação do radar no interior do país. Isso permite ao equipamento estar em segurança e controlar o espaço aéreo de países limítrofes [da Rússia]”, declarou Makarov.
O alcance do Konteiner pode chegar até 3.000 km, podendo rastrear 5.000 objetos voadores ao mesmo tempo.

Uma vez em operação, o equipamento dará uma visão clara do espaço aéreo dos países da Europa Ocidental à Rússia, assim como da região sudoeste do país. Isso aumentará a capacidade de detecção de um ataque aeroespacial contra a Rússia.

NASA QUER CÉUS COM CENTENAS DE DRONES

Administrador da Agência Espacial Americana imagina cidades repletas de drones, transportando mercadorias e até pessoas
Em menos de uma década, pelo menos uma cidade norte-americana estará repleta de drones transportando pessoas e pacotes. Ao menos esse é o plano da Nasa para um futuro no qual as aeronaves são realidade. O administrador da Agência Espacial Americana, Jim Bridenstine, tentou vender a ideia nesta terça-feira (29), mas sabe que não será fácil.

“Estamos evoluindo rápido”, disse Bridenstine em um discurso em Las Vegas. “Nós queremos ver pelo menos uma cidade – talvez mais de uma – tendo a habilidade de controlar centenas de sistemas aéreos não tripulados até 2028. Eles poderiam estar levando carga, ou carregando pessoas, fazendo milhares de missões a cada dia.”


Para transformar a visão em realidade, a Nasa está usando um programa de incentivo para melhorar a estabilidade da tecnologia. Bridenstine comparou a abordagem ao grande desafio de veículos robóticos do governo dos EUA em 2004, que culminou nos carros autônomos de grandes companhias. A Nasa trabalha com um modelo mais modesto de desafio para mobilidade urbana aérea para 2022, visto como peça fundamental para a construção de um grande futuro.

Drones vêm sendo usados para trabalhos como gravações de filmes, monitoramento de refinarias de petróleo, coleta de inteligência militar e operações de resgate. Mudar deste mundo para um onde drones são comuns irá exigir mudanças fundamentais não apenas na tecnologia, mas na segurança, regulamentações e aceitação social. A administração de Donald Trump quer encorajar essa mudança.

Bridenstine sabe que encontrarão muitos desafios. A infraestrutura para encontrar locais de pouso para os drones e o barulho emitido são alguns deles. Ele acredita que parte da solução envolve mudar de drones movidos à bateria para modelos movidos à gas.

“Muitos desses veículos serão híbridos ou completamente elétricos”, ele diz. “Veículos elétricos reduzirão os custos, o barulho e a emissão de gás carbônico.” O administrador frisou ainda que o progresso dos drones envolve prestígio nacional e sucesso econômico, uma visão que se alia à do presidente Donald Trump.

ESPECIALISTA COMENTA FUTURAS ADIÇÕES À FROTA DA MARINHA RUSSA

Em entrevista ao jornal Krasnaya Zvezda, o comandante da Marinha da Rússia, Nikolai Evmenov, afirmou que a entidade receberá navios “sem análogos no mundo”, o que foi comentado por especialista na Rádio Sputnik.

Falando sobre as embarcações em construção em entrevista ao jornal, o almirante Evmenov ressaltou o caráter inovador de alguns dos novos navios.

De acordo com Evmenov, no estaleiro de Yantar, no litoral do mar Báltico, estão em fase de construção navios de desembarque universais do projeto 11711 (ou classe Ivan Gren), tais como Pyotr Morgunov, Vladimir Andreev e Vasily Trushin.

Além disso, o almirante indicou que “no estaleiro de Sredne-Nevsky estão sendo construídos em série novíssimos navios de defesa contra minas sem análogos no mundo”.
“Eles são feitos de fibra de vidro monolítica, se diferenciando por sua resistência aumentada, manobrabilidade e capacidade de sobrevivência”, detalhou o comandante.

Frota de nova geração
Mikhail Nenashev, capitão da Marinha russa na reserva e dirigente do Movimento Russo de Apoio à Marinha, disse ao serviço russo da Rádio Sputnik que a frota russa pretende receber em serviço armamentos da nova geração.

Como observou Nenashev, “os estaleiros russos estarão ocupados com a produção de navios de nova qualidade e de nova geração durante vários anos”.

“Destaca-se especialmente o papel dos navios de defesa contra minas. Os seus cascos são feitos de novos materiais, foram desenvolvidos novos tipos de sistemas de varredura, que são utilizados nestes navios”, disse ele.
Nenashev também acrescentou que outro aspecto está relacionado com a concepção e construção de navios de desembarque para cumprir tarefas universais muito mais amplas e com mais eficiência do que seus antecessores, porque “o século XXI exige uma tecnologia completamente diferente, outras armas”.

NAVE AMERICANA VOLTA DO ESPAÇO APÓS 780 DIAS EM MISSÃO MISTERIOSA

Uma nave não tripulada da aeronáutica dos Estados Unidos bateu seu próprio recorde de tempo em órbita no planeta Terra. Chamada de X-37B, a nave voltou ao planeta depois de 780 dias, bateu sua própria marca anterior, de mais de dois anos no espaço.

Ninguém sabe exatamente o propósito das viagens feitas pela espaçonave X-37-B, algo que a torna muito misteriosa e centro de teorias da internet, mas a Força Aérea dos Estados Unidos vem fazendo testes com ela desde dezembro de 2010. De acordo com a secretária da Força Aérea, Barbara Barrett, a X-37B continua demonstrando a importância de uma nave espacial que pode ser usada várias vezes.

Fonte: Boing/Divulgação
O programa conta com, pelo menos, duas aeronaves que são utilizadas para as viagens, somando 2.865 dias no espaço, gastos em cinco missões. A mais recente, começou no dia 7 de setembro de 2017, encerrando no último domingo, dia 27 de outubro de 2019.

Construído pela Boing, as naves se parecem com versões menores dos ônibus espaciais da NASA, inclusive usando o mesmo método de reentrada na atmosfera que eles, aterrisando em uma pista como os modelos mais antigos usados pela agência espacial.

Por se tratar de um programa confidencial do governo americano, muito pouco se sabe sobre o que é feito durante essas missões, mas na mais recente, foram feitos experimentos com eletrônicos e tecnologias de tubulação de calor.

A Força Aérea dos Estados Unidos já revelou que deve realizar uma sexta missão com o X-37B em 2020, ainda sem confirmar quanto tempo a nave ficará em órbita.