BOEING TEM UMA SOLUÇÃO PARA LEVAR HUMANOS PARA A LUA DE UMA FORMA MAIS SIMPLES

A Boeing apresentou uma proposta ambiciosa à NASA para levar astronautas à Lua em menos fases, ou eventos críticos que o plano original da Agência Espacial Norte-Americana. Segundo a Boeing, através de uma aproximação simplificada abrem-se novas oportunidades de sucesso para a chegada à Lua em 2024, através do programa Artemis.

Como explica no seu blog, a proposta pretende reduzir o número de segmentos e múltiplos lançamentos, diminuindo os 11 eventos críticos para apenas cinco. Na sua visão, é possível enviar os elementos de ascensão e descida à órbita lunar em apenas um foguetão. Para isso, o lander integrado da Boeing consegue viajar da órbita para a superfície lunar sem a necessidade de transferências adicionais, reduzindo lançamentos e passos adicionais.

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A empresa destaca que desenvolveu este plano com menos passos para chegar à Lua considerando a utilização do “elevador” Space Launch System (SLS Block 1B) da NASA e dessa forma descomplexar a missão, enquanto oferece o caminho mais seguro e direto para a superfície lunar.

O design flexível do lander pode também ser utilizado em outras missões de exploração da NASA, já que pode fazer a acoplação no Gateway na orbita lunar ou diretamente com o Orion, eliminando a necessidade de naves adicionais. O lander utiliza tecnologias baseadas na nave Boeing CST-100 Starliner, que vai ser demonstrada durante um voo de teste à Estação Espacial Internacional no próximo mês de dezembro.

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A “corrida” para regressar à Lua numa missão tripulada continua acesa, e as empresas privadas têm participado no programa Artemis da NASA contribuindo em diferentes segmentos. Seja a SpaceX com a sua Crew Dragon, a cápsula Orion da NASA e o lander lunar da Blue Origin de Jeff Besos, e também a Boeing, todos estão a ultimar os seus veículos para cumprir o prazo de 2024 estabelecido pela Agência Espacial Norte-Americana para regressar ao satélite natural da Terra, incluindo a primeira mulher a pisar a superfície lunar.

A REPERCUSSÃO INTERNACIONAL DA LIBERTAÇÃO DO EX-PRESIDENTE LULA


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — que estava preso desde abril de 2018 na sede da Polícia Federal em Curitiba — foi solto na tarde desta sexta-feira (8/11).

Ele se beneficiou da mudança de entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre prisão após condenação em segunda instância.

Na noite de quinta-feira (7/11), o STF decidiu, por 6 votos a 5, que a prisão de pessoas condenadas pela Justiça só deve ocorrer após o esgotamento de todos os recursos possíveis — o chamado trânsito em julgado.

Além do ex-presidente, há outros 4.895 réus que poderiam potencialmente se beneficiar, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

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Minutos antes de sua saída, o termo “Lula” liderava o ranking dos temas mais falados no Twitter mundial. Políticos também comentaram sua soltura em redes sociais.

Os principais jornais e veículos da imprensa internacional noticiaram a soltura do ex-presidente.

O jornal britânico The Guardian colocou uma chamada na home do site sobre a soltura. A reportagem, escrita pelo correspondente do jornal no Brasil, diz que ele foi recebido efusivamente por apoiadores ao deixar a carceragem.

O texto fornece explicação jurídica para sua soltura e descreve brevemente sua trajetória, dizendo que ele liderava as pesquisas de opinião para a presidência em 2018 quando foi preso e citando a chamada “Vaza Jato” — série de reportagens do site The Intercept Brasil que indicam supostas irregularidades da Força Tarefa da Lava Jato e do atual ministro Sergio Moro quando era juiz dos casos da operação em Curitiba.

A reportagem do jornal britânico avalia que é provável que sua soltura incetive a polarização política no Brasil.

O jornal britânico The Guardian colocou uma chamada na home do site sobre a soltura Foto: Reprodução
O jornal britânico The Guardian colocou uma chamada na home do site sobre a soltura Foto: Reprodução
O jornal americano The New York Times registrou o fato dizendo que Lula deve seguir com sua atividade política. O texto o descreve como “carismático” e enfatiza sua popularidade, citando políticas de inclusão social.

No segundo parágrafo, diz que “embora Lula não possa concorrer a um cargo público, a menos que consiga revogar sua condenação criminal, sua mera libertação pode causar alvoroço na política brasileira, colocando-o como um rival de esquerda do presidente Jair Bolsonaro, cujas políticas de extrema-direita deixaram o país profundamente polarizado”.

O texto traz o contexto jurídico da soltura e avaliações sobre o impacto da decisão do STF para além do caso Lula.

O Times cita Thiago de Aragão, analista da consultoria de risco político da Arko Advice, em Brasília, que disse ao jornal que a decisão provavelmente fará os investidores pensarem duas vezes antes de fazer apostas de longo prazo no Brasil, porque será inevitavelmente interpretado como um revés na luta do país contra a corrupção.

O jornal americano The New York Times registrou o fato dizendo que Lula deve seguir com sua atividade política Foto: Reprodução
O jornal americano The New York Times registrou o fato dizendo que Lula deve seguir com sua atividade política Foto: Reprodução
“A corrupção é uma consideração muito significativa para os investidores que estão pensando em fazer um investimento de longo prazo no Brasil”, disse ele ao jornal.

Outros veículos americanos e europeus também deram destaque à notícia, como o francês Le Monde, o italiano Corriere Della Sera e o americano Washington Post.

O pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos pelo partido Democrata, Bernie Sanders, repercutiu o fato em sua conta no Twitter.

Ele diz que o ex-presidente “fez mais do que qualquer outro para reduzir a pobreza no Brasil e defender trabalhadores. Estou muito feliz que ele tenha sido solto da prisão, algo que não deveria nem ter acontecido”.

O jornal Clarín, da Argentina, destacou o fato entre as principais chamadas de seu site e publicou um vídeo do momento da saída do ex-presidente.

O jornal reproduziu parte do discurso que Lula fez ao sair e descreveu o ex-presidente como “sorridente”.

Outro argentino, o La Nación, também destacou a soltura de Lula em seu site.

O jornal Clarín, da Argentina, destacou o fato entre as principais chamadas de seu site e publicou um vídeo do momento da saída do ex-presidente Foto: Reprodução
O jornal Clarín, da Argentina, destacou o fato entre as principais chamadas de seu site e publicou um vídeo do momento da saída do ex-presidente Foto: Reprodução
O presidente eleito do país, Alberto Fernández, escreveu no Twitter que se comove “com a força de Lula para enfrentar a perseguição”.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, também comentou a soltura no Twitter, dizendo que “a verdade triunfou no Brasil”.

A emissora de televisão do Catar Al Jazeera trazia a notícia no alto da home do seu site.

RÚSSIA INICIA DESENVOLVIMENTO DE MÍSSEIS DE CURTO E MÉDIO ALCANCE EM RESPOSTA AOS EUA

A Rússia vai iniciar o desenvolvimento de mísseis de alcance curto e médio como resposta simétrica às ações dos EUA, declarou o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, durante uma conferência em Moscou sobre não-proliferação.

“Uma vez que os Estados Unidos já começaram o desenvolvimento de mísseis terrestres de alcance curto e médio, nós, como o presidente Vladimir Putin preveniu, vamos tomar medidas recíprocas”, disse o chanceler russo.

“Ao mesmo tempo, a fim de preservar a janela de oportunidade para encontrar formas de manter a previsibilidade na área de mísseis, a Rússia tomou a decisão de não substituir os mísseis terrestres de alcance médio e curto em nenhum lugar enquanto em uma determinada região não forem implantados mísseis da mesma classe de fabricação americana” destacou Lavrov.
O chanceler destacou também que a OTAN dá a entender que não irá aceitar uma moratória sobre a implantação deste tipo de mísseis na Europa.

“O presidente Putin apelou aos líderes dos países-membros da OTAN e às nações da região Ásia-Pacífico para se juntarem à moratória sobre a implantação de mísseis terrestres de alcance médio e curto. No entanto, não houve uma resposta clara por parte da Aliança Atlântica. Para além disso, nos dão claramente a entender que a OTAN não irá concordar com isso”, concluiu o chanceler russo

CIDADE MARCIANA

Elon Musk revela planos para cidade sustentável em Marte.

De acordo com o CEO da SpaceX, o empreendimento pode exigir mil espaçonaves para transporte de carga e cerca de 20 anos para ficar pronto
Elon Musk, CEO da SpaceX, deu maiores detalhes sobre os planos da empresa para estabelecer uma base sustentável em Marte. Musk deseja criar uma cidade tecnológica avançada, mas segundo ele, sua construção pode ser demorada.

Ao responder uma pergunta feita no início desta semana no evento de lançamento da Força Aérea dos EUA na Califórnia, Musk disse que o baixo custo de lançamento de seu foguete Starship – cerca de US$ 2 milhões – é essencialmente necessário, caso o objetivo seja estabelecer uma “cidade autossustentável em Marte”.

Para tornar a cidade uma realidade, ele acrescentou que a SpaceX precisará construir cerca de mil naves para que seja possível transportar carga, infraestrutura e tripulação para o planeta vermelho durante um período de 20 anos – que é o tempo que Musk acredita ser necessário para que esse empreendimento seja realizado.

Como justificativa, ele disse que o alinhamento planetário só permite que um foguete atinja Marte a cada dois anos, por esse motivo a construção deve seguir este cronograma.

Musk também afirmou que a capacidade de carga da nave Starship pode ser essencial para que tudo seja realizado de forma correta. O design da Starship visa maximizar a reutilização e, de fato, Musk observou que, idealmente, ele pode voar até três vezes por dia. Isso equivale a mais de mil voos por ano, o que significa que se eles construírem 100 foguetes, e cada um deles transportar até 100 toneladas para a órbita, a empresa conseguirá lançar mais de dez milhões de toneladas em órbita por ano.

Para colocar isso em perspectiva, Musk salienta que, se considerarmos todas as naves espaciais atualmente em operação, a capacidade total de carga útil é de apenas 500 toneladas por ano – com os foguetes da série Falcon representando cerca de metade disso.

É claro que, para montar uma cidade permanente e sustentável em Marte, é necessário chegar lá com um voo tripulado primeiro. A Nasa estabeleceu 2024 como sua meta para esse marco, e a SpaceX disse que espera pousar sua nave lá em 2022 para ajudar na preparação da aterrissagem.

ASTRONAUTAS VÃO RECICLAR PLÁSTICO NA ESTAÇÃO ESPACIAL INTERNACIONAL

A empresa americana Made in Space, em parceria com a brasileira Braskem, fabricou um “reciclador” que processa o material.

Você sabe para onde vai o lixo produzido pelos astronautas na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês)? Acredite, lá acumula muito lixo, e, no espaço, qualquer lugarzinho de armazenamento é extremamente valioso e limitado. Além de ocuparem um espaço precioso, os resíduos criam possíveis riscos à saúde e de segurança para os próprios habitantes da ISS. Atualmente, os astronautas espremem o lixo em sacos e o armazenam até completar 2 toneladas de lixo a bordo. Só aí eles enviam o lixo para veículos espaciais, que o trazem de volta à Terra ou queimam na reentrada.

Agora, pelo menos parte desse problema foi resolvido: os astronautas vão reciclar plástico na ISS. Quem desenvolveu uma “recicladora” espacial foi a Made In Space, empresa norte-americana contratada pela Nasa para desenvolver tecnologias para missões espaciais, em parceria com a Braskem, empresa química e petroquímica brasileira.

A máquina, batizada de Recycler, mói e derrete os resíduos plásticos, para então produzir um novo filamento do mesmo polímero. Esse material servirá como “tinta” para a impressora 3D denominada Additive Manufacturing Facility (AMF), que está na estação desde 2016. Assim, será possível produzir novos objetos, realizar a reposição de peças danificadas e fabricar ferramentas de plástico sob demanda sem precisar de novas matérias-primas terrestres.

A tecnologia utilizada para que a recicladora opere em gravidade zero está em teste desde 2016, mas só agora ficou pronta. Os fabricantes afirmam que o processo de reciclagem é automatizado e requer intervenção mínima da equipe de astronautas.

O objeto foi lançado ao espaço durante uma missão de abastecimento realizada pela espaçonave Cygnus, em 2 de novembro. O projeto é considerado a primeira operação comercial de reciclagem de plástico na história das missões espaciais.

Também foi enviado à ISS o Zero-G Oven, um forno elétrico que testará o processo de assar alimentos em microgravidade. Isso poderá levar à inclusão de alimentos recém-assados, como biscoitos preparados na espaçonave, na dieta de futuros moradores da ISS. E o melhor: qualquer plastico envolvido na produção de alimentos poderá ser reciclado depois.

URGENTE: STF DERRUBA PRISÃO EM SEGUNDA INSTÂNCIA; LULA LIVRE

“Nós estamos julgando um caso abstrato”, alertou Toffoli logo no início de seu voto. “O que eu vou analisar é se esse dispositivo [o artigo 283 do Código de Processo Penal] é compatível com a Constituição ou não”, acrescentou. “Ante o exposto, voto pela procedência das ADCs, com o relator”, finalizou.

O artigo diz o seguinte: “Ninguém poderá ser preso se não em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva”.

O ministro baseou seu voto em uma interpretação feita pelo Parlamento sobre o artigo, alterado em 2011 por meio da Lei 12.403/2011. Toffoli jogou para o Legislativo a responsabilidade de uma possível liberação de prisão após condenação em segunda instância e disse que caberia aos parlamentares alterar o CPP, caso seja o entendimento. “A opção legislativa não se confunde com a presunção da inocência”, disse ainda.

Ao acompanhar o relator Marco Aurélio Mello, o presidente da Corte se juntou a Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello, formando uma maioria em favor da inconstitucionalidade da execução provisória da pena antes de processo transitado em julgado. Os outros cinco ministros – Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia – divergiram.

O voto de Toffoli era um dos mais esperados. Apesar de manter uma posição prévia de contrariedade com relação à prisão em segunda instância, o presidente da Corte sofria grande pressão do governo Bolsonaro e seus aliados.

A posição de Rosa Weber também era aguardada por sempre ter sido contra a prisão em segunda instância, mas, em 2018, ter dado voto contra habeas corpus ao ex-presidente Lula. “Não é dado ao intérprete ler o preceito constitucional pela metade, como se tivesse apenas o princípio genérico da presunção da inocência, ignorando a regra que nele se contém – até o trânsito em julgado”, disse a ministra durante o julgamento das ADCs.

ÍNDIA PEDE PARA RÚSSIA ACELERAR ENTREGA DE MÍSSEIS TERRA-AR S-400 TRIUMPH

Índia quer ver cumprido calendário de entrega em 2020-2023, depois de os dois países terem conseguido evitar sanções dos EUA.

O ministro da Defesa indiano, Rajnath Singh, que lidera uma delegação oficial que inclui mais de 50 homens de negócios, deverá manter em Moscou conversações com seu homólogo russo, general Sergei Shoigu, sobre todas as áreas de cooperação bilateral militar e técnico-militar.

Antes da 19ª reunião da Comissão Intergovernamental Índia-Rússia em Moscou nesta quarta-feira (6), a Índia instou a Rússia para acelerar a entrega dos sistemas de mísseis terra-ar S-400 Triumph, informou o diário The Times of India.

Sistemas S-400
© SPUTNIK / SERGEI GUNEEV
Sistemas S-400
Os esquadrões de S-400 foram inicialmente programados para entrega de outubro de 2020 a abril de 2023. Contudo, fontes falando na condição de anonimato disseram à mídia indiana que “a primeira parcela de 15 por cento” foi adiada por vários meses devido a problemas de pagamento.

Embora Moscou tenha se comprometido a aderir ao cronograma de entrega originalmente acordado, a questão vai estar no topo da agenda durante a reunião de quarta-feira (6). As fontes também afirmaram que o acordo de US$ 5,43 bilhões assinado em outubro de 2018 se refere à entrega de cinco esquadrões de S-400.

Evitar sanções dos EUA
A Índia e a Rússia elaboraram um mecanismo de pagamento dos sistemas de mísseis para evitar sanções por parte dos EUA, que não é a favor de Nova Deli adquirir os sistemas de armas russos.

No mês passado, o ministro indiano das Relações Exteriores, Subrahmanyam Jaishankar, afirmou estar “razoavelmente convencido” que os Estados Unidos compreenderiam a decisão de Nova Deli de comprar à Rússia equipamento de defesa avançado, incluindo os sistemas de defesa antiaérea S-400.

O Departamento de Estado dos EUA advertiu que poderia impor sanções a qualquer país que compre armas do setor de defesa da Rússia ao abrigo da sua Lei de Combate aos Adversários da América Através de Sanções (CAATSA em inglês) de 2017. No entanto, a Índia e a Rússia encontraram um mecanismo de pagamento permanente, que eles acreditam que irá contornar quaisquer possíveis sanções dos EUA.

Há outros projetos de defesa a serem discutidos?
Espera-se também que ambos os países discutam o projeto 75(I), no valor de cerca de US$ 6,5 bilhões (R$ 26,3 bilhões), ao abrigo do qual Nova Deli pretende adquirir pelo menos seis submarinos para a Marinha indiana, incluindo um submarino nuclear de ataque Akula-1 no valor de mais de US$ 3 bilhões (R$ 12,1 bilhões).

Além da Rosoboronexport da Rússia, também a ThyssenKrupp Marine Systems da Alemanha e a Naval Group da França estão competindo para ganhar este concurso na Índia.
A Rússia também se ofereceu para projetar em conjunto submarinos da Classe D para a Marinha da Índia. O acordo proposto foi discutido entre o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o presidente russo, Vladimir Putin, durante a reunião que tiveram na cidade russa de Vladivostok, em setembro deste ano.

Em relação à modernização da Força Aérea Indiana (IAF em inglês), Nova Deli está procurando adquirir uma versão mais avançada do Sukhoi-30MKI.
No mês passado, o chefe da IAF, marechal-chefe R.K. Bhadauria, mencionou que o Sukhoi melhorado estaria equipado com “capacidades de radar e armas” modernas. Teria também características aprimoradas para corrigir aspectos de gestão da obsolescência e de guerra eletrônica”, acrescentou.


Caças Su-30 MKI da Força Aérea da Índia na inauguração da exposição Aero India 2019 em Bangalore
© AP PHOTO / AIJAZ RAHI
Caças Su-30 MKI da Força Aérea da Índia na inauguração da exposição Aero India 2019 em Bangalore
Durante a visita do ministro da Defesa, ambos os lados também vão inaugurar a Conferência de Cooperação da Indústria da Defesa Índia-Rússia. O ministro da Indústria e Comércio, Denis Manturov, representará o lado russo.

A visita da delegação indiana à Rússia surge na sequência do Acordo Intergovernamental (AIG), assinado em 4 de setembro, para operacionalizar um mecanismo de colaboração no fabrico conjunto de peças de reposição, componentes, agregados e outros produtos para manutenção de armas e equipamentos de defesa de origem russa na Índia através da transferência de tecnologia e da criação de empresas conjuntas.

O enquadramento do AIG dá garantias de encomendas às empresas por um período mínimo de cinco anos.

As plataformas russas identificadas para a cooperação no fabrico de peças de reposição e componentes incluem os caças Sukhoi Su-30 e MiG-29, helicópteros Mi-17, aeronaves embarcadas MiG-29K/KUB, o porta-aviões INS Vikramaditya e tanques T-72 e T-90.

NOVO TIPO DE VIRUS É DESCOBERTO PELA PRIMEIRA VEZ EM 20 ANOS

Pela primeira vez em quase 20 anos os cientistas descobriram um novo subtipo do vírus HIV. O organismo foi chamado de “cepa L” e pertence a um dos quatro grupos do vírus, o grupo M, que é responsável pela maior parte dos casos de Aids no mundo, segundo a Revista Brasileira de Análises Clínicas.

Um artigo sobre o assunto foi publicado no periódico científico Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes (JAIDS) nesta quarta-feira (6), mas as suspeitas da existência desse subtipo já existiam. O vírus precisava ser identificado em três pessoas diferentes para ser classificado como um novo tipo, o que não havia ocorrido até agora.

Segundo os especialistas, nos anos 1980 e 1990 o subtipo foi identificado em duas pessoas diferentes na República Democrática do Congo e, em 2001, outro caso foi encontrado. Mas, como a tecnologia de sequenciamento genético à época não era desenvolvida o bastante, as informações obtidas não bastavam para que os cientistas tivessem certeza de que todas as cepas encontradas faziam parte do mesmo grupo.

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Felizmente, os métodos tecnológicos evoluíram e, com eles, a engenharia genética: foi por meio do sequenciamento do DNA desses vírus que o grupo de especialistas concluiu que estava lidando com um novo subtipo do microrganismo. “Identificar novos vírus como esse é como procurar uma agulha no palheiro”, disse Mary Rodgers, uma das autoras do estudo, em comunicado. “Ao avançar nossas técnicas e usar a nova geração de tecnologia de sequenciamento, puxamos essa agulha com um ímã.”

Faz sentido: graças à tecnologia, os cientistas podem estudar genomas inteiros de forma rápida e economicamente viável, o que ajuda a criar métodos preventivos contra o HIV – que hoje afeta 38 milhões de pessoas, segundo o Global Health Observatory. “Essa descoberta científica pode nos ajudar a garantir que estamos evitando novas pandemias”, afirmou Rodgers.

PREÇO DE PASSAGEM PARA MARTE

Cada voo do Starship a Marte pode custar US$ 2 milhões, diz SpaceX
Por Felipe Junqueira | 06 de Novembro de 2019 às 20h30

Saiba tudo sobre SpaceX

A SpaceX acredita que cada voo do Starship da superfície da Terra até Marte não vai custar mais do que US$ 2 milhões (cerca de R$ 8,1 milhões). O valor baixo pode deixar relativamente barata uma missão de colonização no Planeta Vermelho.

O CEO da companhia, Elon Musk, foi quem fez essa previsão, “se você considerar os custos operacionais”, observou. Segundo ele, só em combustível seriam US$ 900 mil (cerca de R$ 3,65 milhões) para cada voo. A vantagem da missão é que a SpaceX pretende reutilizar o booster Super Heavy para os lançamentos da espaçonave, que suporta até 100 passageiros.

Esse custo total “é bem menor até do que o de um pequeno foguete”, disse Musk, em conversa com o Tenente-General John Thompson, comandante do Centro de Sistemas Espaciais e Mísseis. “Então, é algo que precisa ser feito”. Musk conversou com Thompson durante o primeiro Dia do Campo Espacial da Força Aérea dos EUA.

Por enquanto, porém, a SpaceX ainda trabalha em lançamentos do Falcon 9 e do Falcon Heavy, ambos reutilizáveis, mas ainda tem trabalho a fazer, já que o estágio dois de ambos ainda possui equipamentos de voo único. Starship e Super Heavy seriam estágios posteriores, mas que já estão sendo desenvolvidos com a intenção de serem reutilizáveis desde o início.

EXTREMA POBREZA

A gradual melhora dos indicadores econômicos em 2018 não foi suficiente para reduzir a extrema pobreza no país. Segundo dados da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais , divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE , no último ano, 13,5 milhões de brasileiros viviam com menos de R$ 145 por mês. O número é o maior da série histórica, iniciada em 2012.

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A pesquisa mostra que desde o início da crise econômica, em 2014, 4,5 milhões de brasileiros passaram a integrar essa parcela da população em situação miserável. Ou seja, um aumento de 50% no número de miseráveis em quatro anos.

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Entre 2017 e 2018, foram 200 mil a mais, apontando que a retomada do crescimento econômico não interrompeu o aumento da miséria. Em percentual da população, são 6,5% dos brasileiros nesta situação – em 2014, eram 4,5%.

A pesquisa do IBGE também mostrou uma estagnação nos indicadores de educação. No Brasil, metade da população adulta, entre 25 e 64 anos , não completou o ensino médio. E 23% dos jovens não estudam nem trabalham. Além disso, nas moradias brasileiras, a cobertura de saneamento básico não avançou .

Entre as famílias miseráveis do Brasil, o rendimento médio em 2018 foi de R$ 69 por mês. O valor é bem abaixo do padrão definido pelo Banco Mundial para estabelecer o recorte de pobreza. Pelos critérios da instituição, são considerados extremamente pobres aqueles que vivem com até com até US$ 1,90 por dia — o equivalente a cerca de R$ 145 por mês.

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O número de pobres, que vivem com menos de US$ 5,50 por dia, pelos critérios do Banco Mundial, diminuiu em 1 milhão de brasileiros. Porém, as famílias em situação de pobreza ficaram mais pobres e, por isso, o número de miseráveis aumentou.

Percentual de brasileiros na
extrema pobreza
Em %
2012
5,8
2013
5,1
2014
4,5
2015
4,9
2016
5,8
2017
6,4
2018
6,5
Fonte: IBGE
Os dados permitem traçar um perfil da extrema pobreza do país: majoritariamente composta por pretos e pardos (75%), com idade até 59 anos (96%) e sem instrução ou com o ensino fundamental incompleto (60%).

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O Maranhão é o estado com maior número de pessoas com rendimento abaixo da linha da extrema pobreza (19%). Santa Catarina, por sua vez, é a unidade da federação com menos pessoas nessa situação (1,4%).

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Segundo Leonardo Queiroz Athias, analista da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE, a inserção no mercado de trabalho registrada em 2018 não foi suficiente para superar a pobreza dessa parcela da população.

Segundo a pesquisa, 13,6% dos brasileiros em situação miserável possuíam alguma ocupação em 2018. Athias ressalta, no entanto, que muitos desses vínculos eram informais, com remunerações baixas. Em 2018, dois em cada cinco trabalhadores estavam nessas condições.

— (A linha de pobreza) são pessoas que não estão sujeitas a entrar no mercado de trabalho, são pessoas que estão mais fora (do mercado). A melhora no mercado de trabalho não atingiu esse pessoal, atingiu um pessoal que estava em uma linha mais alta de renda — explica Athias.

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Segundo projeções feitas pelo IBGE, para colocar essas pessoas em extrema vulnerabilidade dentro da faixa de pobreza, seria necessário um investimento adicional de R$ 1 bilhão mensalmente ou de R$ 76 por pessoa por mês.

Diminui a cobertura do Bolsa Família
Athias explica que o Bolsa Família, que garante R$ 89 por pessoa mensais, não é suficiente para tirar o beneficiário da estatística de extrema pobreza estipulada pelo Banco Mundial, uma vez desde 2015, a instituição mundial utiliza como padrão R$ 145 mensais. O valor foi estipulado dentro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, do qual o Brasil é signatário.

Para fins do programa de redistribuição de renda brasileiro, por exemplo, são extremamente pobres os que vivem com menos de R$ 3 ao dia, o que resulta em um rendimento mensal de R$ 90.

— O principal programa (Bolsa Família) tem uma linha de R$ 89, quando a linha de pobreza global é de R$145. Mesmo recebendo o Bolsa Família, ele vai estar nessa linha de pobreza — afirma o analista do IBGE.

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Neste ano, o orçamento do Bolsa Família é de R$ 29,4 bilhões. Em 2020, o governo reservou R$ 30 bilhões para o programa. O total destinado não prevê um reajuste no valor do benefício.

Segundo dados da Pnad Contínua, que embasam o levantamento do IBGE, a parcela dos lares atendidos pelo Bolsa Família diminuiu. Passou de 14,9% em 2014, ano imediatamente anterior à crise que afetou fortemente o mercado de trabalho brasileiro, para 13,7% no ano passado.

Quem vive na extrema pobreza
Pessoas (em milhões ou em %) que moram em lares com rendimentodomiciliar per capita mensal inferior a R$ 145
Sexo
Número
Porcentagem
6.502
48,03
Homens
7.035
51,97
Mulheres
Cor
3.244
23,96
Homens
10.148
74,96
Mulheres
Sexo e raça
11,40
Homens brancos
1.543
36,17
Homens pretos
ou pardos
4.897
12,56
Mulheres brancas
1.701
38,79
Mulheres pretas
ou pardas
5.251
Grupos de idade
4.736
34,99
0 a 14 anos de idade
3.524
26,03
15 a 29 anos de idade
4.800
35,46
30 a 59 anos de idade
477
3,53
60 anos ou mais de
idade
Nível de instrução
59,99
Sem instrução ou
fundamental incompleto
8.121
14,22
Fundamental completo
ou médio incompleto
1.926
13,18
Ensino médio completo
ou superior incompleto
1.784
1,28
Ensino superior completo
174
Fonte: IBGE
O aperto na concessão do benefício veio junto com a queda de 14,3% da renda dessas famílias. O ganho per capita passou de R$ 398 para R$ 341. Entre os domicílios onde não há pessoas recebendo o auxílio, a queda foi muito menos intensa no mesmo período — 2014 a 2018 — de 1,4%.

Para o analista do IBGE, o retrato brasileiro só será melhorado caso haja uma melhora do mercado de trabalho e implantação de programas de redistribuição de renda.

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— As facilidades de acessar um programa de erracadicação da pobreza, a possibilidade de entrar com um pedido de aposentadoria, todo esse tipo de ações tem influencia no recebimento de algum rendimento. Se você não tem acesso ao rendimento, não vai conseguir passar nesse critério de pobreza — destaca Athias.

Redução da pobreza concentrada no Sudeste
A despeito do crescimento da extrema pobreza, o número de brasileiros em situação de pobreza diminuiu em 2018. De acordo com o IBGE, a 25,3% da população (52,5 milhões de pessoas) possuíam rendimentos inferiores a US$ 5,50 por dia, aproximadamente R$ 420 mensais, o que equivale a cerca de 44% do salário mínimo vigente em 2018.

O número é 0,7 ponto percentual menor que em 2017, o que significa um milhão de pessoas a menos em situação de vulnerabilidade. No entanto, ainda é superior ao patamar de 2014, quando os pobres somavam 22,8% da população do país.

A pesquisa aponta que a ampliação da ocupação, em 2018, aliada ao crescimento do rendimento no trabalho, assim como do rendimento proveniente de aposentadorias e pensões, são fatores que ajudam a explicar esta dinâmica. O movimento, no entanto, foi concentrado na Região Sudeste, onde vivem 700 mil pessoas que deixaram a situação de vulnerabilidade.

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“A incorporação de mais trabalhadores sem carteira ou por conta própria, embora não possa representar uma melhora no perfil do mercado de trabalho, que tende a se tornar mais informal, pode ser positiva para a redução de indivíduos vivendo em situação de pobreza”, destaca o estudo.

Mesmo com a redução da pobreza no intervalo de um ano, retirar essas pessoas dessa situação exige um grande volume de recursos. Nos cálculos do IBGE, seria necessário um investimento adicional de R$ 9,7 bilhões mensalmente para tirar os brasileiros dessa condição, ou R$ 186 mensais por pessoa