CIENTISTAS TRABALHAM EM PAINEL SOLAR LÍQUIDO

Ideia é pulverizar o material em casas, pontes e arranha-céus para que energia solar seja convertida em energia elétrica sem a necessidade da instalação de painéis específicos
Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Flórida desenvolveu uma inteligência artificial (IA) que aperfeiçoou um líquido especial chamado “perovskita”, que pode ser usado para criar verdadeiros painéis solares líquidos. A ideia é pulverizar o material em locais como pontes, casas e arranha-céus. Após o processo, as células começam a captar a luz e transformá-la em energia para alimentar uma rede elétrica.

As chamadas “células solares de perovskita” (PSCs) podem transformar a luz solar em energia, assim como os painéis à base de silício. Essas células podem ser processadas em estado sólido ou líquido, o que garante diversas opções para sua aplicação.

Entretanto, o material é difícil de fabricar e de ser aplicado em superfícies estáveis e utilizáveis. Os cientistas tiveram a ideia há mais de uma década, mas só agora conseguiram realizar diversas pesquisas para criar uma fórmula que desse certo.

A resposta para esse dilema de criação parece ter sido encontrada por um sistema criado pelos próprios cientistas. Ao alimentar um algoritmo com centenas de dados de publicações sobre o “perovskita”, o sistema foi capaz de prever quais combinações funcionariam melhor. A equipe espera que a técnica desenvolvida pela IA ofereça um material flexível e eficaz para baratear os custos da implementação de painéis solares.

Mesmo com o avanço, mais pesquisas ainda são necessárias. “Nossos resultados demonstram que as ferramentas de aprendizado de máquina podem ser usadas para criar matérias altamente eficientes”, disse Jayan Thomas, um dos principais envolvidos na pesquisa

NAVE SOYUZ É LANÇADA COM 5 SATÉLITES AOS EXOPLANETAS

A nave russa Soyuz foi lançada nesta quarta-feira (18) da Guiana Francesa para colocar em órbita o telescópio da Agência Espacial Europeia (ESA) Cheops, destinado à pesquisa de exoplanetas, o satélite italiano de observação da Terra Cosmo-SkyMed e outros três aparelhos espaciais.

De acordo com transmissão ao vivo organizada pela empresa francesa Arianespace, o lançamento ocorreu no horário previsto, às 5h54 (horário de Brasília), no Centro Espacial da Guiana. A missão terá duração de cerca de 4 horas e 13 minutos. A expectativa é de que o Cheops (CHaracterising ExOPlanet Satellite) analise os exoplanetas já identificados para que os dados ajudem a obter informações sobre sua densidade, um primeiro passo para entender as condições de vida extraterrestre.

A bordo do foguete também estão o Angels, primeiro nanossatélite produzido e financiado pelo Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES) francês, que é um demonstrador tecnológico para uma nova geração de satélites que a França pretende lançar em órbita a partir de 2022; o Eyesat, também financiado pelo CNES; e o Ops-Sat, em nome da ESA, que contém o computador mais poderoso já colocado em órbita e projetado para experimentar o software.

O lançamento foi agendado inicialmente para o dia 17 de dezembro, mas a Agência Espacial Europeia anunciou na véspera a alteração da data devido a problemas no acelerador Fregat do lançador de foguetes

GUARANI E TUPI BATIZA UM NOVO PLANETA E SUA ESTRELA

União Astronômica Internacional convidou mais de 110 países para o batismo de exoplanetas
Dois corpos celestes, um planeta e uma estrela, foram descobertos em 2001 e receberam os nomes de “HD 23079 b” e “HD 23079”, respectivamente. Agora, eles foram rebatizados com nomes bem mais agradáveis, principalmente para os brasileiros.

“Guarani” e “Tupi”, esses são os novos nomes do planeta e de sua estrela, respectivamente. Em 2019, a União Astronômica Internacional (IAU) completou 100 anos e convidou mais de 110 países para o batismo de exoplanetas, aqueles localizados fora do Sistema Solar.

No Brasil, a campanha “NomeieExoMundos” – NameExoWorlds – começou em abril deste ano com a formação de uma comissão de especialistas, que estabeleceu regras para a aceitação de nomes.

Foram recebidas 977 sugestões entre junho e setembro de 2019, das quais a comissão separou 14 para votação do público. Dos 7 mil votos, “Guarani” e “Tupi” foram os vencedores com 15% deles.

A IAU informou, em nota, que “em reconhecimento ao Ano Internacional das Línguas Indígenas promovido pela ONU em 2019, os falantes de línguas indígenas foram incentivados a propor nomes dessas línguas, e algumas dezenas de nomes selecionados são de etimologia indígena”.

Outros planetas e estrelas também foram batizados por outros países, confira:

Irlanda: o exoplaneta HAT-P-36b foi batizado de “Bran”, enquanto a estrela HAT-P-36 foi chamada de “Tuiren”. Os nomes são referência aos cães mitológicos da lenda irlandesa “O Nascimento de Bran”.
Argentina: o exoplaneta HD 48265b foi batizado de “Naqaya”, enquanto a estrela HD 48265 recebeu o nome de “Nosaxa”. Os nomes foram sugestão do líder da comunidade indígena Moqoit e significam “irmão-família-parente” e “primavera”, no idioma Moqoit.
Eric Mamajek, copresidente do Comitê Gestor “NameExoWorlds” afirmou: “As observações astronômicas levadas até agora descobriram mais de 4 mil planetas ao redor de outras estrelas – os chamados exoplanetas”.

“Enquanto os astrônomos catalogam suas novas descobertas usando designações semelhantes a números de telefone, tem havido um interesse crescente entre os astrônomos e o público em também atribuir nomes próprios, tal como é feito para os corpos do Sistema Solar”, completou Mamajek.

EMPRESA CRIA PRIMEIRO DRONE MILITAR EQUIPADO COM METRALHADORA

Equipamento consegue fazer até 15 disparos de uma só vez e atingir alvos pequenos a mais de 200 metros de distância com precisão.

Songa pode fazer até 15 disparos de uma só vez
Reprodução YouTube/ Asisguard
Songa pode fazer até 15 disparos de uma só vez
A empresa turca Asisguard desenvolveu o primeiro drone equipado com uma metralhadora automática. Outros modelos projetados para guerra podem lançar ou detonar explosivos, mas não atiram com uma arma de fogo.

O Songa pesa 25 quilos e é mantido no ar por oito hélice. Seu motor elétrico pode voar a até 2,5 quilômetros de altura e percorrer um trajeto de até 10 quilômetros sem perder o contato com o ponto de controle.

A arma instalada no drone pode ser carregada com até 200 projéteis e fazer 15 disparos de uma só vez. Segundo a fabricante, o equipamento militar consegue atingir um alvo de até 15 centímetros a uma distância de 200 metros.

Um dos desafios do projeto é manter a estabilidade do drone e a precisão dos ataques a cada disparo. Para resolver essa questão, câmeras e sensores corrigem no ar e a direção do ataque ainda em voo.

A próxima versão do Songa deverá ser ter uma mira mais precisa do que o modelo atual. A Asisguard pretende que alvos a mais de 400 metros de distância sejam atingidos.

XIAOMI PODE PERDER LIDERANÇA DE MERCADO PARA OUTRA GIGANTE CHINESA

A Xiaomi tem conseguido manter a sua liderança no mercado de smartphones da Índia graças a uma constante guerra com a Samsung. Recentemente, executivos da chinesa divulgaram uma previsão ainda mais otimista para o próximo ano.

No entanto, muitos analistas de mercado acreditam que a Xiaomi pode perder a sua coroa em 2020. Isso porque a maior ameaça para a chinesa não é mais a Samsung, mas sim a gigante BBK. Para quem não conhece, esse grupo reúne as marcas: Oppo, Vivo, OnePlus e Realme.

Dados os notáveis ​​avanços no terceiro trimestre de 2019 das marcas da BBK na Índia, a Xiaomi precisaria ser mais cautelosa com a crescente concorrência e o declínio da sua participação no mercado. Nos três primeiros trimestres de 2019, a Xiaomi perdeu três por cento do mercado para essas concorrentes – Prabhu Ram, chefe do CyberMedia Research

Xiaomi lidera mercado de Smart TVs na Índia e supera Samsung, LG e Sony
Xiaomi lidera mercado de Smart TVs na Índia e supera Samsung, LG e Sony 3
Android 12 Dez Xiaomi já é líder no mercado de televisões inteligentes na Índia.

De acordo com Ram, a Realme é o nome mais importante do grupo BBK na Índia. Isso porque a empresa conseguiu entregar aquilo que o consumidor local procura: bons produtos e preços baixos. Por isso, não é de se estranhar o crescimento meteórico da marca.

Além disso, a própria Xiaomi vem enfrentando um lento declínio nas suas vendas. Durante o terceiro trimestre deste ano, a participação da chinesa saiu de 30,6% para 27,1%. Esse é um sintoma de que a empresa está desacelerando:

Como a Realme vem com novas ofertas no segmento intermediário e premium, e a OPPO e a Vivo também divulgaram planos de se tornar premium, a Xiaomi enfrenta uma batalha difícil. Para manter sua posição de número um, a Xiaomi precisaria ir além e também consolidar sua cadeia de fornecimento offline

Claro que essa ainda é uma previsão do mercado e pode não se concretizar em 2020. Mesmo assim, a informação já serve de alerta para a Xiaomi, uma vez que a sua maior ameaça não é mais sul-coreana, mas também chinesa.

AVIÃO SUPERSÔNICO DA NASA ENTRA EM PROCESSO DE MONTAGEM FINAL

Modelo X-59 é o primeiro passo para a próxima geração de supersônicos
O avião supersônico X-59 Quiet SuperSonic Technology (QueSST) da Nasa passou em seu teste final de desenvolvimento e está entrando na montagem final. O modelo foi projetado para preparar tecnologias para a próxima geração de aeronaves comerciais supersônicas.

Quando concluído, o X-59 poderá voar em uma altitude de 17 mil metros a uma velocidade de Mach 1,27, pouco mais de 1.512 km/h, produzindo um “boom” sônico de apenas 75 decibéis. Esse som é tão alto quanto a porta de um carro fechando.

Além dos testes de tecnologias, o modelo vai sobrevoar um conjunto de sensores especiais e várias comunidades dos EUA para reunir dados técnicos e avaliar a reação das pessoas com o avião. Esses resultados vão ser usados para reescrever os regulamentos ambientais americanos de 1970 e que impedem voos supersônicos comerciais que não sejam sobre a água.

A montagem final e integração de sistemas estão programadas para serem concluídas no final de 2020, com o primeiro voo previsto para 2021. ?Mostramos que o projeto está dentro do cronograma, está bem planejado e no caminho certo. Temos tudo para continuar essa missão histórica de pesquisa para o público de viagens aéreas do país?, concluiu Bob Pearce, administrador associado de aeronáutica da Nasa

VÍDEO MOSTRA TESLA REAGINDO SOZINHO A UM CARRINHO DECOMPRAS

YouTuber colocou o carro no modo “Smart Summon”, que permite que ele vá sozinho até o motorista, e testou sua reação a vários obstáculos em movimento
O YouTuber Kevin Rooke decidiu colocar o sistema Smart Summon dos Tesla, que permite que o carro vá sozinho até o motorista, à prova. Mais especificamente, ele testou como um Tesla Model 3 reage a obstáculos em movimento em seu caminho

Rooke pediu para o carro percorrer uma linha reta até um ponto e empurrou vários objetos em frente do veículo. O primeiro era uma cesta de roupas montada sobre um skate, representando um carrinho de compras. O carro parou a poucos centímetros do obstáculo, evitando uma colisão.

O segundo teste consistiu em vários balões compridos amarrados a uma corda e colocados no chão, simulando um galho. Novamente, o carro detectou o obstáculo e freou a tempo. Rooke também fez testes com bolas: uma bola de basquete quicando em frente ao carro não foi reconhecida na primeira tentativa, mas o veículo parou na segunda.

Mas a mesma bola rolando em frente ao carro não foi detectada e foi atropelada. Da mesma forma, uma bola de futebol que passou “voando” em frente ao carro foi ignorada, assim como bolas menores.

Rooke ficou impressionado com a capacidade do veículo em detectar obstáculos maiores, como o carrinho de compras. Mas ao comentar o teste com a bola de basquete rolando ele foi mais crítico, mencionando que se ela fosse uma criança pequena ou pequeno animal as consequências poderiam ser fatais.

Entretanto, a Tesla leva em conta o feedback de seus usuários e no passado já atualizou o Smart Summon para melhorar a detecção de obstáculos e adicionar recursos. Portanto, é possível que os problemas apontados por Rooke sejam corrigidos em breve.